




Série “Pacificador” combina violência, humor e drama
Basta dar um passeio pelas redes sociais para se dar conta de que há uma “guerra” em andamento. É comum ver os fãs da Marvel torcendo o nariz para as produções fracas da DC, enquanto o pessoal do segundo grupo considera o primeiro infantil. A série Pacificador, fruto da DC que traz John Cena no papel principal, parece ter surgido para unir as tribos.
Se não for para tanto, pelo menos é fato que a produção de oito episódios, cujo último vai ao ar no dia 17 de fevereiro, tem agradado a maioria dos fãs de adaptações de quadrinhos. E o porquê não é difícil de perceber: o novo trabalho de James Gunn, diretor de O esquadrão suicida (2021), do qual Pacificador é um spin-off (um produto derivado), consegue combinar bem doses de violência, humor e drama, em uma história que ainda conta com alienígenas.
O personagem Vigilante, por exemplo, interpretado por Freddie Stroma, entra sempre como um bom alívio cômico, mesmo ele sendo um assassino de coração gelado, e os dramas interiores de Christopher Smith, o Pacificador — que já não parece mais tão a fim de matar pessoas — dão profundidade à história, que se desenvolve a partir da reunião dos personagens para a execução de algo ultrassecreto: o Projeto Borboleta.

Pacificador: informações
- Tem 8 episódios; o último vai ao ar no dia 17 de fevereiro
- A série é dirigida por James Gunn
- É um spin-off do filme O esquadrão suicida (2021), também dirigido por Gunn
- Os principais personagens e quem os interpretam são:
- Christopher Smith, o Pacificador (John Cena)
- Auggie Smith, o Dragão Branco (Robert Patrick)
- Vigilante (Freddie Stroma)
- Murn (Chukwudi Iwuji)
- Harcourt (Jennifer Holland)
- Adebayo (Danielle Brooks)

Um Dragão Branco no caminho
Tudo que bem que alienígenas façam parte da história de Pacificador, e que talvez eles possam tomar conta da mente dos seres humanos e destruir o mundo, mas o que realmente dá um clima tenso à narrativa parece ser a relação do protagonista com seu pai, Auggie Smith, conhecido por ser o temível líder de neonazistas Dragão Branco.
Na série, Pacificador precisa lidar com memórias horríveis do passado. Ele não é daqueles heróis que têm uma história de origem “bonitinha”, mas sim repleta de traumas e violência — graças ao comportamento do pai, o Dragão, um tipo “durão” que só faz ofender o filho até hoje. E que, na infância, parece ter criado o menino para ser um sanguinário.
Apesar de ter sim se tornado uma máquina mortífera, hábil em luta corporal e no trato com armas, o Pacificador vai passando — ao longo da série — por uma transformação interior. E essa mudança é observada pela personagem Harcourt, por exemplo, colega dele no Projeto Borboleta. Para saber mais do que se trata, é melhor assistir.

Nos quadrinhos
Até ganhar destaque pela participação no filme O esquadrão suicida, de 2021, o Pacificador estava meio abandonado nas gavetas da DC. Ainda não se trata de um personagem tão popular quanto um Batman, é claro, mas vem ganhando espaço.
Nos quadrinhos, ele surgiu em 1966, pelas mãos de Bob Layton e Dick Giordano, da Charlton Comics. Ele só seria agregado ao universo da DC anos depois, na década de 1980, quando estrelou histórias solo.
Esse material, assinado por Paul Kupperberg e Todd Smith, está disponível no DC Universe Infinite — serviço que oferece séries de HQs nos Estados Unidos, mas ainda não chegou ao Brasil. Com o sucesso da série Pacificador, resta esperar que o anti-herói logo chegue por aqui.