




O que vai rolar nos primeiros dias da Bienal do Rio 2021
A mesa de abertura da Bienal do Rio, que começa nesta sexta-feira (3), às 9h, e segue até o próximo domingo (12), dá o tom de como o festival será nesta histórica 20ª edição. Isso porque o encontro chamado “Para seguir em frente” está totalmente em sintonia com o sentimento geral dos brasileiros após um período muito difícil.
A mesa de abertura reúne Allan Dias Castro, Bráulio Bessa e Priscilla Alcantara, que falam sobre como a inspiração, fé, poesia, amor e resiliência podem ajudar a superar os momentos de crise. E os primeiros dias da Bienal seguirão assim, com os livros e os escritores sendo porta-vozes de assuntos urgentes, mas também de temas leves, engraçados e que entretém.
E já que a festa está começando, preparamos um breve resumo do que vai acontecer nos primeiros dias do maior festival de cultura do país.

Cinco encontros para refletir e se divertir
Para seguir em frente (dia 3, às 17h)
Allan Dias Castro, Bráulio Bessa e Priscilla Alcantara e Pedro Alvarenga (mediador)
Em todas as mídias (dia 4, às 15h)
Thalita Rebouças, Vitor Kley, Paula Pimenta (online) e Leticia Pires (mediadora)
Jornalismo e democracia sob ataque (dia 5, às 11h)
Míriam Leitão, Patrícia Campos Mello (online), Cecília Olliveira e Paula Cesarino Costa (mediadora)
O mestre do mangá (dia 6, às 10h)
Junji Ito (online), Miriam Castro e Kika Hamaqui (mediadoras)
O desenvolvimento de histórias de romance em livros de fantasia (dia 7, às 11h)
V.E. Schwab (online) e Gui Domingues (mediação)

Em sintonia com o Brasil
Temas urgentes da sociedade brasileira serão discutidos por gente que faz a diferença e que, em suas criações, mete o dedo na ferida. Na esteira da rica tradição da literatura urbana do país, Raphael Montes, autor de romances policiais de sucesso, e o jornalista Ivan Mizanzuk, autor do podcast que virou a série de TV “O caso Evandro”, conversam sobre ficção e realidade no crime.
Tema correlato surge na mesa “As desigualdades e as elites no Brasil”, em que o sociólogo Jessé Souza, o jornalista Muniz Sodré e a fundadora do Instituto Identidades do Brasil, colunista e apresentadora Luana Génot debatem os rumos da desigualdade em um cenário pré-eleitoral e ainda afetado pela pandemia. Os três estão lançando livros que dialogam com o assunto e, logicamente, também falam sobre esses trabalhos.
Outro encontro que deve render muito debate, reúne duas das mais prestigiadas jornalistas do país. Míriam Leitão e Patrícia Campo Mello falam sobre um assunto muito atual e do qual as duas entendem muito: “Jornalismo e democracia sob ataque”.
Um tema que está nosso dia a dia e se torna ainda mais relevante após o Prêmio Nobel reconhecer, neste ano, a atuação crucial de dois repórteres na defesa da paz.
Míriam e Patrícia também falam de seus mais recentes livros, respectivamente: A democracia na armadilha: crônicas do desgoverno e A máquina do ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital.

Entretenimento
Mas claro que no inesgotável universo dos livros, também há espaço para a fantasia e a fabulação mais deslocadas do realismo. Romances de Tormenta e Fantasia se tornaram ainda mais populares durante a pandemia entre os leitores no Brasil e no mundo. Se por um lado, proporcionam escapismo, por outro, são narrativas que oferecem uma reflexão sobre a atualidade através da conexão de universos metafóricos.
Sob o tema “Fantasia e Tormenta”, os autores Karen Soarelle, Raphael Draccon e Leonel Caldela conversam sobre a globalização de livros e autores e as adaptações dessas obras para outros formatos de entretenimento que potencializam as linguagens e narrativas dessas obras.
Assunto que se liga diretamente com o encontro “Em Todas as Mídias”, que como o nome sugere, vai falar de adaptações e dos pontos de contato de diferentes formas artísticas.

Nesse super encontro, as consagradas autoras do universo pop juvenil Thalita Rebouças e Paula Pimenta, cujas obras foram adaptadas para as mais variadas telas, conversam com Vitor Kley, músico de sucesso e autor estreante do livro infantil A turma do menino Sol.
Ainda no universo pop, as autoras americanas Julia Quinn e Beverly Jenkins conversam com as brasileiras Babi A. Sette e Paola Aleksandra sobre os desafios de modernizar o Romance de Época, considerando as conquistas das lutas identitárias da atualidade.
Fechando com Lulu
Para fechar as dicas dos primeiros dias de Bienal, o maior hitmaker do Brasil, Lulu Santos, conversa com o público sobre seu livro Lulu em traço & verso, que reúne letras e cifras, músicas de grande sucesso de sua carreira ilustradas pelo artista gráfico Daniel Kondo.
E isso é apenas um aperitivo. Há muito mais por vir. Confira aqui a programação completa, com horários e outros detalhes. E acesse diariamente o Hub Bienal 360º para saber tudo que está rolando na Bienal do Livro.