Para encerrar a sua participação na edição especial de 40 anos da Bienal do Livro Rio, a Academia Brasileira de Letras (ABL) brindou o público, que lotou o espaço Estação Plural, com uma apresentação de gala. Além da leitura de trechos de contos e de poemas de nove imortais, a Ciranda Literária foi concluída com o músico e acadêmico Gilberto Gil cantando "Aquele abraço', com imagens da cidade e do Cristo Redentor - iluminado com a camisa oficial da Bienal.
Gil foi homenageado pela estudante Ana Cláudia Santana de Moraes, ganhadora de concurso literário em Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Além de recitar seu poema "Multicultural", vencedor de um concurso entre as escolas públicas da cidade, a menina, emocionada, entregou a Gil a escultura "Verbo", obra em madeira que reproduz uma caneta e um tinteiro. A obra é a chave da cidade do livro de Maricá.
A Ciranda Literária foi aberta pelo presidente da ABL, o jornalista Merval Pereira, que explicou o desejo da Academia de querer estreitar os laços com todas as pessoas interessadas por literatura.
Logo em seguida, a atriz e acadêmica Fernanda Montenegro fez uma introdução, apresentando os outros dez acadêmicos que se apresentariam no evento.
"Faço a introdução dessas dez personalidades da nossa cultura e da nossa cidadania, que vão apresentar poemas, narrativas e música. Agradeço à vida e a oportunidade de participar do último evento da ABL na Bienal. Academia, imortal a cada dia", disse.
Ao final, Gilberto Gil deu uma “corridinha” até o violão. O acadêmico cantou três músicas: "João Sabino", composição que fez em homenagem ao pai do baixista Rubão Sabino, "Cérebro eletrônico" e, com chave de ouro encerrou a Ciranda Literária, com "Aquele abraço". O público, de pé, fez coro.